Friday, March 2, 2007








TEMPO

Cessaram os cânticos
que em tardes de chuva
batiam nos vidros daquela janela.

É agora o tempo branco
da espera de outras euforias
doçura amarga arrastada nas horas.

É um espaço, um salto
um saber de distância calada.
Nem um som, nem um murmúrio
quebram os muros que se erguem.

É um caminho de silêncio
dentro de mim rodeada de risos.
Dias parados no limbo do tempo
baço, que a luz do sol é lá fora.


Tempo de espera. Do inevitável. Da alegria. Da saudade



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